Matosinhos – mudança é evolução
Entre o final do século XIX e a segunda metade do século XX, a paisagem de Matosinhos sofreu alterações profundas, impulsionadas pela construção do Porto de Leixões.
De comunidade piscatória, com uma economia assente na indústria conserveira, Matosinhos passou a importante pólo industrial e a elo de ligação para a recepção e expedição de mercadorias.
Durante este período, muitos núcleos urbanos desapareceram das margens do rio Leça, areais deram lugar a estradas, ruas e fábricas transformando a paisagem, moldada ainda mais à vontade do Homem.
Actualmente, a paisagem de Matosinhos é urbana e industrial, com uma grande marginal à beira-mar, conservando, no entanto, muitos das construções e monumentos que testemunham a sua história.
Toda esta evolução fez-se à custa de muitos e valorosos profissionais, nomeadamente arquitectos paisagistas que lutam por conseguir a recuperação de paisagens (caso da recuperação da paisagem do Vale do Leça) ou por torná-las mais bonitas e adaptadas às necessidades das populações (como é o caso do Parque de Sta. Cruz do Bispo – Brás, que ganhou um Prémio Nacional de Arquitectura Paisagística em 2011).
Arquitectos paisagísticos e Jardineiros – acabando com as dúvidas.
Quando se fala de arquitectura paisagística, há muita tendência para confundir com jardinagem. Embora a jardinagem faça parte da maioria dos projectos de arquitectura paisagística, isso não tem de acontecer, necessariamente. Jardinagem e arquitectura paisagística são coisas diferentes, embora estejam intimamente ligadas.
Um arquitecto paisagista é um profissional com uma licenciatura em Arquitectura Paisagística e tem como função o tratamento da paisagem no que toca ao planeamento, ao posicionamento, à construção e à gestão da paisagem intervencionada. O seu trabalho tem como objectivo a melhoria das condições de vida das populações e o aproveitamento racional dos recursos naturais. Para levar a cabo estes propósitos, adquirem uma vasto leque de conhecimentos que abrangem a biologia, a química, a arte, a arquitectura, o clima e a evolução da paisagem, entre muitos outros.
Os jardineiros, normalmente, também têm cursos de formação mas mais nas áreas da agricultura, silvicultura e estética.
O que pode fazer um Arquitecto Paisagístico pela minha casa?
Sabia que apostar num bom paisagismo para os exteriores da sua casa pode realmente estar a gerar dinheiro? Está provado que ela vai valer cerca de 17% mais!
Mas contratar um arquitecto paisagista tem mais vantagens. Vamos percorrê-las todas:
O que pode fazer um Arquitecto Paisagista pelo meu projecto?
Há Arquitectos Paisagistas em Matosinhos?
Sim, há arquitectos paisagistas em Matosinhos, mas também há no Porto, em Vila Nova de Gaia e em todas as cidades próximas. Por isso, quando for à procura destes profissionais, pode expandir a busca às cidades vizinhas. Como os acessos são bons e as distâncias são pequenas, não vai perder a grande vantagem de contratar perto, já que isto representa uma poupança significativa em despesas com deslocações de pessoas e materiais.
Procurar na região é importante porque facilita a pesquisa ao nível local, a confirmação de referências e a eventual visita a projectos terminados, que façam parte do portefólio dos profissionais.
Quando fizer a sua pesquisa, não pode esquecer-se de:
Posso incluir o projecto de paisagismo no projecto para a minha casa nova?
Sim, é relativamente fácil de conseguir. Muitos arquitectos paisagistas trabalham em conjunto com gabinetes de arquitectura, mas se tal não acontecer, o arquitecto responsável pela sua casa vai saber procurar o arquitecto paisagista mais adequado à visão pretendida.
Em muitos casos, é mesmo obrigatório entregar o projecto de arranjos exteriores e paisagismo aquando do pedido de licenciamento à Câmara Municipal, pois é considerado um projecto da especialidade.
Quanto custa contratar um Arquitecto Paisagista?
Possivelmente já intuiu a resposta, porque realmente é muito difícil estabelecer um preço para este tipo de serviços. As variantes são muitas e não é um serviço barato. Poderá considerar o tecto do valor pago ao profissional que faz o plano como se for um arquitecto, ou seja, por volta dos 10% do valor do projecto no seu todo, mas mesmo assim poderá variar muito.
Para poupar no seu projecto, opte por equipamentos de exterior mais baratos, que não ponham em causa a estética ou a qualidade, por plantas fáceis de plantar e manter, por diminuir a área plantada e por decorações de origem natural, como pedras, por exemplo.