Embora fosse um destino privilegiado para nobres e cidadãos ricos de Lisboa, devido aos bons ares que ali se respiravam, a Amadora define-se pelas suas origens humildes, mas trabalhadoras. O seu crescimento há muito que está ligado ao abastecimento de víveres à capital e no século XVII e XVIII a região conheceu uma grande evolução na área industrial, bem como na construção de novas ruas e estradas.
Mas a verdadeira explosão demográfica aconteceu em meados do século passado e deveu-se à intensa migração, que partiu das regiões do interior de Portugal, em direção às cidades do litoral, em especial à grande Lisboa, e à vinda de imigrantes dos países das antigas colónias portuguesas. Este grande afluxo de pessoas trouxe à região da Amadora um crescimento desenfreado, baseado na procura de habitação mais barata, mas deu-se de forma desregrada.
Obviamente, isto não trouxe um impacto positivo para a cidade, que em termos paisagísticos se define, em grande parte, pelo enorme número de prédios de habitação (alguns bastante antigos) e casas de má construção. Mas isto não significa que não haja um investimento, por parte da autarquia, na melhoria das condições urbanísticas e paisagísticas. Os parques e jardins surgem e têm boa qualidade, mas reabilitar todo o tecido urbano, em termos de paisagismo, é uma tarefa desafiante, que está a dar os seus frutos aos poucos.
Não, definitivamente não é só sobre a criação de jardins, mas também é sobre isso. A arquitectura paisagística dedica-se a harmonizar e a melhorar a paisagem através da gestão, do planeamento e da preservação dos espaços livres, sejam urbanos ou não.
Obviamente que a jardinagem é uma parte importante da acção benéfica da arquitectura paisagística, mas esta envolve muito mais disciplinas, como a arte, a meteorologia, a geografia, a orografia, a biologia e a arquitectura, entre outras.
Assim, é importante estabelecer as diferenças entre um Arquitecto Paisagista e um Jardineiro:
Não há obrigatoriedade, mas garantimos que há vantagens claras. Obviamente cada caso é único e há exteriores que pode conseguir organizar de forma satisfatória, com algum jeito e dedicação, mas depois há terrenos onde um arquitecto paisagista é mesmo necessário. Tudo depende do seu caso! Se não tem a certeza do que pode fazer, o melhor é não arriscar e contratar um profissional.
A resposta é sim! Há profissionais desta área um pouco por todo o país, e na Amadora, com rendas mais baixas, boas acessibilidades e muita proximidade a Lisboa, não podia ser diferente.
Há arquitectos paisagistas e empresas especializadas em paisagismo, que contam, no seu staff, com arquitectos paisagistas.
Para os encontrar, pode fazer pesquisa online, visitar stands de empresas, ir pelos seus dedos nas clássicas páginas amarelas, ou confiar nas indicações de pessoas conhecidas. O importante é que seleccione mais do que um profissional, com projectos que lhe agradem, para pedir orçamentos.
Se o seu projecto é na Amadora, vai poupar dinheiro ao contratar na região, sobretudo em custos de deslocação e transporte de materiais. Se preferir, poderá também optar pelas cidades vizinhas para ter mais escolha, sem aumentar os custos significativamente.
Pode ser, sim. E até pode ser exigido na fase de licenciamento do seu projecto de arquitectura.
Se pensar que o projecto de arquitectura paisagística vai ajudar a integrar a construção na paisagem envolvente, não é de estranhar que precise de ser entregue para aprovação, antes de começar a construção.
Nestes casos, os gabinetes de arquitectura podem solicitar a intervenção de um arquitecto paisagista. Este pode fazer colaborações regulares com a empresa, pode ser sugerido ao cliente para contratação ou pode ser contratado directamente pelo cliente.
É difícil estabelecer um preço para este tipo de trabalhos. Seja porque o preço do serviço deste profissional está incluído num projecto abrangente de planificação e execução, seja porque há terrenos e condicionantes muito mais difíceis do que outros ou ainda porque há legislação específica que obriga a maiores cuidados, as variáveis no preço do trabalho do arquitecto, em si, são tantas que não é possível apontar um valor médio. Ainda assim, em muitos projectos, o trabalho do arquitecto paisagista pode significar entre 10 e 20% do valor do projecto, na totalidade.