A arquitetura, como qualquer área, é complexa. Existem muitos termos, palavras e expressões que nos passam, muitas vezes, ao lado, nomeadamente quando estamos a desenvolver um projeto. Mas não deve ser assim. Não que tenhamos de ser uns experts, mas ao menos ter algum conhecimento ajuda sempre.
De facto, é importante estarmos a par de alguns conceitos, para ficarmos mais dentro do assunto e questionarmos sobre todo o desenvolvimento do nosso projeto, nomeadamente na construção da nossa casa.
Por isso, a homify gosta de elucidar os seus leitores, explicando o bê-á-bá sobre a área da arquitetura, design de interiores, entre outros assuntos que estão intimamente ligados à área da construção e decoração.
No artigo de hoje, a homify vai-se debruçar sobre o desenho técnico, ponto de fuga, croqui, urbanismo, entre outros termos subjacentes.
Além disso, o nosso artigo é ilustrado com projetos incríveis realizados por profissionais registados na plataforma da homify. Como poderá verificar, estes profissionais são mestres na área e realizam desenhos técnicos, croquis e outros de forma irrepreensível. Se quiser obter mais informações sobre um destes trabalhos, só precisa de clicar em cima de cada imagem e aceder aos respetivos contactos.
Vamos, sem mais delongas ao tema do dia!
O desenho técnico é um meio de expressão indispensável e universal para arquitetos e engenheiros, porque é uma forma de linguagem gráfica figurativa, que é usada para representar um produto técnico, um edifício, um sistema de proteção ou simplesmente uma peça.
O objeto é, geralmente, representado de vários ângulos, ou seja, vistas diferentes: frontal, posterior, superior, inferior, esquerda, direita. Graças às técnicas de geometria utilizadas, as diferentes projeções permitem ao profissional traduzir o conceito imaginado nos mais ínfimos detalhes.
O desenho técnico é uma arte que não pode ser improvisada. Cada pessoa deve ser capaz de entendê-lo, por isso é necessário respeitar um conjunto de regras complexas e codificadas, convenções que fazem parte de uma série de normas e legislações. Por exemplo, os elementos gráficos, a nomenclatura, a representação convencional de formas (linhas geométricas, linhas de base), vistas de secção e escalas (reduções ou ampliações).
A primeira versão do desenho técnico pode ser feita à mão, de forma a recolher no local as primeiras informações técnicas relacionadas com o projeto. O croqui reúne o essencial, pois tudo é aproximado.
O profissional pode então usar instrumentos geométricos clássicos e o computador para criar uma versão mais ou menos detalhada do esboço, e então uma versão final que deve responder a todos os requisitos com a máxima precisão.
Depois deste desenho técnico ser submetido ao cliente e / ou a outros especialistas, acabará por definir as especificações da equipa responsável pela sua realização.
Para projetar esses desenhos técnicos precisos e rigorosos em duas ou três dimensões, o profissional utiliza diferentes tipos de software, como SketchUp, AutoCAD, MATLAB, Revit, entre outros. Cada profissional usará o software que mais se sente à vontade para criar o desenho técnico. Se também quiser criar manualmente poderá fazê-lo com instrumentos manuais, sendo os mais comuns a régua, esquadro e compasso.
No final, os desenhos técnicos tornam-se legíveis e compreensíveis a qualquer pessoa.
O ponto de fuga é uma referência ao horizonte que serve para fazer as linhas num desenho e construir uma perspetiva.
A palavra perspetiva
provém do latim e significa ver através de
… É uma representação bidimensional de algo tridimensional. Assim, a perspetiva ajuda as pessoas a ver uma imagem no papel como se fosse um objeto ou paisagem real. Permite-nos ter uma noção da altura, profundidade e largura dos elementos.
As perspetivas com ponto de fuga são conhecidas como cônicas, mas existem outros tipos como a isométrica, cavaleira, militar, entre outras.
A perspetiva com um ponto de fuga deixa bem clara a profundidade e a distância do objeto em relação a quem observa o desenho.
Existem três tipos de pontos de fuga:
Passamos de seguida a explicar as diferenças de cada um destes pontos de fuga.
- Desenho com um ponto de fuga: esta é a técnica mais simples. Deixa bem clara a profundidade e a distância do objeto em relação a quem observa.
- Desenho com dois pontos de fuga: é a técnica mais utilizada. Representa com mais exatidão a nossa perspertiva dos objetos no espaço. É uma boa opção para mostrar aos clientes uma visão mais realista de como o projeto irá ficar.
- Desenho com três pontos de fuga: esta técnica é também conhecida como perspetiva aérea, uma vez que o observador vai estar muito acima ou muito abaixo da linha do horizonte. É um muito usado em desenhos que passam a sensação de monumentalidade ou de exagero.
O croqui não é nada mais é que o esboço inicial de um projeto. É feito à mão e é o primeiro passo para criar um desenho de um projeto, para começar a imaginar a futura obra.
O croqui (palavra francesa eventualmente traduzida para o português como esboço ou rascunho) é mesmo um desenho simples e sem grande precisão.
Nesta fase do projeto, o arquiteto faz desenhos livremente, sem medidas precisas, sem muita técnica ou precisão. No fundo, é a etapa onde o arquiteto é livre para criar, dar asas à sua imaginação… É uma forma de passar as suas ideias para o papel.
No croqui podem ser definidas ou idealizadas cores e materiais, podem ter anotações, desenhos esquemáticos, lembretes… Há uma total liberdade!
Depois de criar o esboço, o arquiteto irá dimensionar o projeto e passá-lo para um software adequado (desenho técnico).
Apesar de, hoje em dia, existir imensos softwares para criar desenhos, plantas e afins, um croqui é uma fase importante do projeto, porque é neste passo que o arquiteto pode desenhar ou anotar diversas ideias e observações, que só irão ajudar a melhorar o resultado final do projeto.
O conceito de urbanismo está intimamente ligado à arquitetura. Porquê? Pelo facto de o urbanismo permitir planear / organizar as cidades, ou seja, a forma como as casas, edifícios e espaços públicos dialogam.
Neste sentido, a pedra basilar do urbanismo é de criar cidades mais agradáveis em termos de bem-estar e de visual, tendo em conta o planeamento, a ordenação e a organização, uma questão que é inerente ao desenvolvimento do ser humano.
É de salientar que, quando falamos em urbanismo não falamos apenas das cidades, mas principalmente das pessoas e de como se podem realizar ações que favorecem o coletivo.
O arquiteto produz diferentes tipos de peças gráficas (desenhos técnicos, pontos de fuga, croquis, etc.) de modo a apoiar os seus clientes na reflexão e servem de base de trabalho ao empreiteiro responsável pela obra.
Se quiser levar avante o seu projeto comercial ou particular e precisar de recorrer a um arquiteto, nomeadamente para esta fase embrionária da obra, deve procurar uns contactos, por exemplo, na plataforma da homify. Selecione os profissionais que se enquadram no seu estilo e nos seus objetivos, pois é possível visualizar alguns projetos já realizados (portfólio), como ler alguns feedbacks de outros clientes. Depois, solicite 2 ou 3 orçamentos, de forma a ter um termo de comparação. No final, escolha aquele que mais gosta e que se enquadra nos seus objetivos.
Saiba mais sobre orçamento, através deste artigo da nossa revista: Obras em casa? – O que saber antes de pedir orçamentos.
Se tiver questões sobre o que pode ou não incluir na sua construção, de modo a torná-la mais eficiente, ecológica e moderna (platibanda, drywall, soleira, vigas, etc… ) não hesite em navegar na plataforma da homify ou aconselhe-se junto do seu arquiteto.