Fantástico projecto de reabilitação de quinta agrícola (Porto)

Sílvia Cardoso – homify Sílvia Cardoso – homify
Reabilitação de Quinta - St, MCSARQ MCSARQ
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Aqui na homify, o nosso principal objectivo é mostrar-lhe o que de melhor se faz em Portugal nas áreas da arquitectura, do design de interiores, da decoração e da construção. Nos nossos artigos, partilhamos espaços interiores e exteriores e imóveis, privados ou comerciais, de estilos distintos. A ideia é inspirá-lo a levar a cabo o seu próprio projecto e dar-lhe a conhecer os melhores profissionais para o ajudar nesse sentido.

Hoje, trazemos-lhe o projecto de reabilitação de uma quinta agrícola de família, com 500 m² de área, que integra uma habitação e celeiro antigos. Os arquitectos propuseram-se a realçar os aspectos arquitectónicos mais interessantes do edifício existente, dotando toda a habitação de ambientes harmoniosos que têm como pedra basilar o diálogo entre o novo e o antigo.

O gabinete MCSArq., com morada na Trofa, é o responsável pelo projecto.

Vamos conhecê-lo.

1. Edifício com planta quadrangular e pátio

O principal desafio para os arquitectos foi a planta quadrangular composta pelo volume mais a sul – a antiga habitação – e o volume a norte – a antiga corte de animais – que se encontram em cotas altimétricas consideravelmente díspares e sem conexão interior. No entanto, a habitação tinha que estar toda ligada pelo interior e a articulação tinha de ter em conta a exposição solar. Foi, por esta razão, criado um novo volume com cobertura em zinco que acomoda o hall de entrada e o corredor que dá a acesso a todos os espaços. Este novo volume tira partido do pátio central por via de planos envidraçados que geram espaços luminosos e permitem que o entorno verde – trabalhado pela equipa de paisagismo – também faça, de certa forma, parte da casa e transmita calma a quem a habita. Acrescente-se, ainda, que a antiga adega que funcionava por baixo da habitação foi transformada numa sala de estar aberta para sul e para a piscina de transbordo, resolvendo, em simultâneo, as questões relacionadas com a luminosidade do espaço e de acesso directo/rápido à esplanada exterior e piscina.

2. Garagem / alpendre exterior

A casa tem, como não podia deixar de ser, uma zona com uma pérgula que protege o carro e permite, em simultâneo, a circulação controlada de ar. Neste caso em concreto, o local escolhido para a garagem foi a zona norte do terreno, visto não existirem problemas solares e a habitação não ter vista directa para este local que, apesar de tratado com cuidado, não é tão apetecível para a abertura de vãos.

3. Acesso à garagem

A ligação entre os edifícios e a zona da garagem deve ser feita de forma confortável. Aqui, criou-se um semi-efeito de abrigo que transmite uma sensação de protecção e segurança. A área com pérgula surge numa cota inferior à habitação – a topografia assim obriga – à qual se acede através de uma escada exterior semi-coberta.

4. Ainda o acesso

O acesso entre a habitação e a garagem faz-se através de escadas de betão que se relacionam com a pedra amarela presente no edifício original e que sobressai por dois aspectos fundamentais: a luz e o conforto. Deste modo, os volumes quase escultóricos permitem a criação de um acesso coberto, ao mesmo tempo que emprestam luz e desafogo visual ao acesso.

5. Acesso automóvel à habitação

A ligação da rua à poente do projecto e à garagem faz-se através de um arruamento interior traçado entre as principais árvores existentes no local, criando um caminho que, embora desnivelado, se pretende verde e harmonioso, imbuindo quem por lá passa no espírito de uma quinta rural.

6. O novo coexiste com o antigo

Os arquitectos souberam respeitar as pré-existências. A escolha de materiais e a localização dos elementos novos deste edifício foram pensados com vista a que haja uma dinâmica perfeita entre o antigo e o novo. Esta dicotomia proporciona à habitação verdade arquitectónica, visto que torna possível a que, em qualquer altura, se consiga estimar, com razoável aproximação no tempo, quando o edifício foi intervencionado e sobre que conceito.

7. Alçado posterior

A presença do edificado original é inquestionável. Mantém-se todo o sistema construtivo, bem como a maioria dos vãos e toda a articulação volumétrica original. Porém, considerando as pretensões do cliente, os arquitectos acrescentaram alguns elementos que tornam a habitação mais funcional. A escolha do betão aparente e de cor cinza surgem no sentido de evidenciar o edifício existente e os elementos em madeira funcionam como linhas que marcam a intervenção e criam um elo entre as duas realidades: o antigo e o novo.

8. Sala de estar

Prosseguimos para o interior. O que vemos através de uma janela também faz parte do espaço interior e influencia a forma como vivemos esse espaço. Criou-se, assim, uma abertura na sala de estar para que esta fique voltada para a piscina, pérgula de madeira e, ao fundo, a quinta.

A caixilharia minimalista e de grande dimensão aliada à luz proveniente de sul e à pérgula que a controla fazem deste espaço um dos mais especiais da casa, na medida em que provoca nos utilizadores vários tipos de sensações: estão num sítio tranquilo com mais de um século, usufruem da lareira nos dias mais frios, têm a piscina de transbordo por perto e podem desfrutar da zona de grill, no exterior, à qual não falta uma instalação sanitária de apoio.

9. Quartos e o pátio

O pátio exterior foi a solução encontrada para dotar os quartos de luz e privacidade e para lhes atribuir um espaço exterior contido entre paredes, permitindo que quem utilize deles tire partido da forma que entender.

A equipa de arquitectura paisagística cooperou com o cliente para desenvolver um conceito para os pátios. Cada pátio foi totalmente pensado em função de quem o vai usar.

Desta forma, os arquitectos conseguiram que os quartos que integram o volume de pedra tenham luz, privacidade e um conceito muito próprio que dará aos utilizadores uma vivência singular e adaptada ao estilo de vida deles.

10. Sala de jantar

No dia-a-dia apressado de muitas famílias, a hora de jantar ou os momentos que a antecedem são a ocasião perfeita para conversar, conviver e fortalecer os laços familiares. Por isso, faz todo o sentido que, hoje em dia, a sala de jantar, a sala de estar e a cozinha surjam integradas numa lógica de plano aberto.

Os arquitectos criaram uma cozinha envidraçada com controlo visual por ripado de madeira para a sala de jantar que, por sua vez, tem vista directa para a sala de estar que está no piso inferior, mas que, por ter pé direito duplo, está sempre em comunicação com a zona de jantar. Os espaços abertos permitem que quem esteja a preparar os alimentos na cozinha possa estar em comunicação com quem está na mesa de jantar e até com quem foi dar um mergulho na piscina e passou pela sala de estar no andar de baixo. Não há limites visuais, apenas um espaço amplo e de partilha.

11. Pátio central

O pátio central de que tanto falámos tornar-se-á num espaço singular da habitação, deixando que a mesma respire através dele. A madeira e os generosos vãos envidraçados conferem à casa conforto, luz e um cenário que influenciará positivamente todo o edifício.

12. Casa e piscina de transbordo

Terminamos com uma imagem que nos permite perceber melhor o conjunto e a ligação entre a casa e a piscina que é a protagonista da zona de lazer e de recreação. O espaço exterior é perfeito para se aproveitar ao máximo os dias quentes de Verão.

Para falar com os profissionais do gabinete responsável pelo projecto, o MCSarq., tome nota dos contactos que se seguem:

  • Contacto telefónico: +351 933 485 751
  • E-mail: geral@mcsarq.pt
  • Morada: Rua D. Pedro V, Loja 10, – n. º1070, 4785-308 Trofa

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