Quando se pretende construir uma casa, o primeiro passo deve ser contratar um arquitecto. Este é o único profissional habilitado para fazer projectos de arquitectura e o que, com engenho e criatividade, pode ajudá-lo a ver para além do imediato, imaginando diferentes soluções para projectar com eficácia e dentro do orçamento idealizado. Vale sempre lembrar que uma casa bem projectada é uma casa que, a prazo, leva a que se poupe em água, electricidade, gás, entre outros custos de manutenção.
Projectar uma casa é um processo complexo que percorre fases distintas. Numa etapa inicial, faz-se um estudo prévio que consiste num plano geral do projecto, em algumas simulações e numa estimativa orçamental muito básica. Os primeiros esquissos serão, mais tarde, concretizados em planos e renders que permitirão aos clientes ter uma ideia muito concreta e realista em relação ao resultado.
Hoje, trazemos-lhe o estudo arquitectónico de uma moradia unifamiliar contemporânea. O trabalho é do gabinete vila-condense Arqvoid – Arquitetura e Serviços Lda.. A Arqvoid procura potencializar vidas e negócios por via de uma arquitectura ambientalmente consciente.
Venha conhecer este projecto.
Por norma, os projectos que lhe apresentamos aqui na homify estão já concluídos ou são renderizados. Estes últimos, com a tecnologia que há hoje à disposição, são perfeccionistas ao ponto de nem sempre ser fácil perceber se são imagens geradas em computador ou reais. No entanto, é interessante ver onde tudo começa e é por isso que lhe trazemos este estudo preliminar.
Trata-se de uma moradia unifamiliar de linhas contemporâneas projectada para um ambiente completamente rural num lote com cerca de 1200 m² – uma área deveras generosa que permite uma construção isolada. O cliente pretendia um imóvel funcional que interagisse com o jardim que envolve todo o edifício e que chega a penetrar o mesmo, designadamente no hall de entrada.
Outro requisito era ter uma entrada para estacionar o carro sem que existisse a necessidade de entrar no lote, mas que, ao mesmo tempo, não se tornasse num estacionamento público
. Os arquitectos conseguiram resolver esta exigência com a adição de um portão semicircular que funciona de forma a permitir estacionar o carro dentro do seu raio de deslocação circular, isto é, o movimento do portão permite fechar esta zona de estacionamento em relação ao exterior e abri-la para o interior e, também, o contrário: fechá-la para o interior e abri-la para o exterior.
Este elemento semicircular reflecte-se no edifício onde uma superfície curva revestida a pedra define a zona da entrada.
No que diz respeito à planta da casa, no rés-do-chão, destacamos o facto de todos os espaços se abrirem para o jardim que é, de resto, um elemento organizador neste projecto.
O rés-do-chão está reservado ao núcleo social da casa. É nele que encontramos o hall de entrada, a garagem, a sala de estar, a sala de jantar, a cozinha e, ainda, o escritório. O piso superior, por sua vez, acomoda três quartos com áreas bastante generosas, todos eles com varanda privativa. As varandas debruçam-se sobre o jardim e não existe comunicação visual entre elas. O esboço permite-nos, além do mais, perceber que a escada beneficia do pé-direito duplo da entrada.
O jogo de volumes originado pelo posicionamento dos quartos possibilita algum controlo solar nas janelas de alguns espaços do rés-do-chão. A planta da cobertura dá-nos conta do cruzamento entre linhas rectas e curvas. Este factor dinâmico que as linhas curvas emprestam à construção é resumido na expressão arquitectura líquida
. As curvas atenuam o impacto austero dos elementos rectos e levam a que o edifícios interajam harmoniosamente com o que os rodeia.
Terminamos com uma perspectiva geral. Sendo o ambiente rural, pretende-se que a moradia, para além de dar resposta aos interesses e ambições do futuro proprietário, se integre na paisagem e se assuma como um elemento positivo no ambiente construído.
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