Um studio de apenas 21 m2 onde não falta nada!

Mariana Caldeira Mariana Caldeira
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Viver na cidade é, na maioria dos casos, sinónimo de uma casa pequena. No entanto, os arquitectos portugueses tem desafiado os limites impostos pelas construções urbanas, criando soluções verdadeiramente inovadoras. Seja arrumação, um espaço de convívio ou exigências funcionais, atualmente já não nenhuma razão para que não possa ter tudo isto no seu lar, independentemente do número de metros quadrados.

Foi neste sentido que hoje seleccionámos um processo de remodelação e transformação absolutamente excepcional. Com apenas 21 m2, desenhou-se um espaço amplo, acolhedor e, acima de tudo, cheio de estilo!

O trabalho foi desenvolvido por uma equipa especializada na reabilitação de interiores, em todo o tipo de projetos ligados à arquitetura e construção. Sediado em Lisboa, o atelier caracteriza-se pela vontade de adaptar cada espaço às características dos seus clientes, preservando as memórias que criaram a sua identidade. 

Inspiração

Situado no centro da capital portuguesa, o apartamento é marcado por algumas das características da arquitectura tradicional lisboeta e pela luz maravilhosa que ilumina as ruas da cidade. Apesar de bastante degradado pela ação do tempo, o imóvel apresentava algumas qualidades espaciais e materiais que acabaram por servir de inspiração ao desenvolvimento de toda a intervenção.

Estratégia

Dada a dimensão do espaço, os arquitetos optaram por criar uma única atmosfera, capaz de acomodar diferentes funções. Assim, tudo o que faz parte da arquitetura foi materializado em tons neutros, interrompidos por pequenos apontamentos de cor mais efémeros. A predominância do branco, além de ir de encontro aos pressupostos minimalistas que informaram a obra, multiplica a sensação de iluminação, transformando a sensação espacial. 

Habitação

O esquema funcional da habitação foi apenas divida entre duas áreas fundamentais: uma de caráter mais privado conformando a zona de dormir; e outra com uma atmosfera mais social composta pela cozinha e local para refeições. A distinção entre as duas áreas é demarcada pela alteração do teto e pavimento que assume uma cota um pouco mais alta na cozinha. 

A presença do amarelo em alguns detalhes da área dedicada ao repouso é responsável pela alegria e descontração do apartamento, complementada por dois assentos posicionados junto à janela. A escolha da madeira para parte dos revestimentos desta zona, acabou por preservar o tom tradicional da construção original, tornando-a mais acolhedora. 

Na área social da intervenção o grande protagonista é sem duvida o pavimento em mosaicos de padrão geométrico. O caráter garantido por este elemento, permitiu que toda a cozinha e zona de refeições fosse composta por peças de mobiliário minimalista sem que se corresse o risco de desenhar um espaço monótono.

Espaço

Na casa de banho deu-se continuidade ao pavimento utilizado para revestir a zona da cozinha, que combinados com os azulejos verdes que acompanham a zona de duche, conseguem criar um conjunto surpreendentemente equilibrado. As restantes loiças da divisão materializam-se através de um design assumidamente minimalista que, com a sua simplicidade e cor, conseguem libertar o espaço, tornando-o mais amplo.

Reabilitar e transformar

De facto, são apenas necessários alguns metros quadrados para se criar um verdadeiro lar. A qualidade desta intervenção não reside apenas na capacidade de sintetizar uma habitação mas também no trabalho de reabilitação e recuperação que permitiu preservar as memórias de uma construção tradicional lisboeta.

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