Como ter uma casa ecológica

Patricia Smaniotto – homify Patricia Smaniotto – homify
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Uma casa ecológica ou ambientalmente sustentável não é mais apenas um sonho distante. É possível com pequenos atos transformar a sua casa em amiga do meio ambiente, gerando no curso dessas ações uma grande economia que é muito salutar para o seu bolso.

Desde o uso de lâmpadas mais econômicas até a compostagem de restos orgânicos, tudo vale para tornar a sua casa em um lugar onde se pensa na natureza e no planeta. A maioria dessas ações não demanda grandes investimentos, embora outras já exijam mais empenho e dispêndio financeiro, mas que se pagam em muito pouco tempo. 

A casa inteira pode contribuir para esse movimento, seja com o desligamento de aparelhos temporariamente fora de uso, aproveitamento da água da chuva, utilização de painéis para captação de energia solar, isolamento com produtos naturais, troca de eletrodomésticos antigos por aparelhos ecologicamente mais vantajosos, uso de mobiliário reciclado ou feito com madeira de demolição, pintura da casa com tintas que não emitem compostos orgânicos voláteis (COV), lavagem de roupa em água fria, troca de ar-condicionados por ventiladores de teto, entre outras alternativas.

Acompanhe as nossas dicas e comece desde já a adotar a maioria delas. Faça a sua parte para um planeta melhor e mais saudável!

Pintura

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A pintura da casa também pode ser ecologicamente correta. Uma forma natural é pintar as paredes com cal branca, que dá um acabamento rústico muito bonito e interessante. O ideal é que se pinte as paredes com tintas que não tenham compostos orgânicos voláteis (COVs), pois seus resíduos continuam a ser emitidos na atmosfera até cinco anos após a pintura. Prefira tintas à base de plantas e água ou aquelas identificadas como livres de COVs. Para outras dicas sobre uma casa ecológica, leia este artigo.

Energia

A primeira medida a ser tomada é fazer o máximo uso da iluminação natural, com amplas janelas e cortinas leves que filtrem delicadamente a luz do sol. A seguir, a primeira providência a se tomar é trocar todas as lâmpadas incandescentes por fluorescentes, já que as primeiras desperdiçam 90% da energia em forma de calor. Já as lâmpadas fluorescentes duram cerca de dez vezes mais do que as incandescentes e, por isso, são um pouco mais caras. Mas vão bem em qualquer casa, sem a necessidade de nenhuma instalação especial. Só saiba que, como elas não podem ter a intensidade diminuída, acabam gastando mais energia em ambiente com tetos rebaixados. Também devem ser descartadas com cuidado, em depósitos especiais, pois contêm uma pequena quantidade de mercúrio. Outra alternativa são as lâmpadas em LED, mais caras do que as fluorescentes, mas que duram 35 vezes mais do que as incandescentes e dois a quatro vezes mais do que as fluorescentes. Elas são ótimas em tetos rebaixados, mas têm um foco direcionado. As lâmpadas com o selo Energy Star são as únicas que iluminam todo o ambiente por igual. Lembre-se ainda que as casas de hoje têm uma série de vampiros de energia, que são os aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos permanentemente conectados à rede elétrica. Opte por conectá-los em réguas elétricas com interruptores de corrente, de modo que possa desligá-los todos ao mesmo tempo, sempre que eles não estão sendo utilizados. Ganha-se muita economia com uma ação tão simples quanto essa. Outra atitude simples e que vale a pena é começar a lavar as roupas na máquina no modo água fria ou ecológico. Isso porque cerca de 85% da energia gasta na lavagem de roupas se destinam a manter a água quente. Também pense em trocar seu ar-condicionado por um ventilador de teto, pois este usa 36 vezes menos energia do que o ar-condicionado. Mas ainda não acabou: você pode instalar uma claraboia no seu telhado a fim de conseguir mais energia solar. Ou ainda painéis de captação solar, que geram energia limpa e renovável. Além de poder armazenar a energia que sobra em baterias, a instalação desses painéis gera uma redução de 15 kg na emissão de carbono, o que equivale ao dióxido de carbono absorvido por 88 árvores. 

Água

A primeira recomendação é do âmbito do bom senso: feche a torneira. É muito comum as pessoas lavarem louça ou escovarem os dentes com a torneira aberta. No caso da escovação de dentes, são 18 litros de água desperdiçados. Assim, ensine às crianças a manter a torneira fechada enquanto escovam os dentes. E procure mantê-la fechada também na cozinha, no hora de lavar a louça. Uma medida interessante para economizar água é trocar o seu vaso sanitário comum – que gasta 25 litros a cada descarga – por um outro ecológico, com o selo Water Sense, que utiliza até 20% menos água do que um vaso comum. Outra ação importante é trocar a cabeça do seu chuveiro por outra de baixo fluxo (com o mesmo selo ecológico do vaso sanitário), o que pode reduzir o consumo em até 10 mil litros por ano. Para quem tem mais recursos, uma boa medida é instalar um sistema de captação de água da chuva, que pode corresponder à metade da água consumida por uma casa de 100 metros quadrados. Também é possível ter uma estação doméstica de tratamento de esgoto, que permite reaproveitar a água para as tarefas cotidianas, como a limpeza. Ainda há um sistema de energia solar para aquecer a água, que permite gastar 30% menos de energia elétrica. Mas ele precisa ser complementado com o aquecimento elétrico nas épocas de baixas temperaturas. 

Isolamento

Isolamento existe de vários tipos e para várias finalidades. Em casas ecológicas, é comum o uso de fibras naturais como isolantes térmicos, que mantêm ao mesmo tempo a circulação de ar. No entanto, o isolamento térmico mais importante é o que mantém a casa aquecida no inverno e fresca no verão. Algumas peças da casa são problemáticas no que se refere ao isolamento térmico, pois propiciam muito escape de energia. Estamos falando de sótãos e porões, que podem receber um isolamento de celulose, feito com restos de jornais reciclados. Esse tipo de isolamento é facilmente aplicado através de pequenos furos nas paredes, o que pode ser feito durante uma reforma. As janelas também não devem ser esquecidas e o seu isolamento é fácil e não exige grandes procedimentos. Pode-se usar calafetagem ou vedação ao redor das janelas para evitar que o ar entre ou saia. Outra alternativa são os tratamentos térmicos ou de bloqueio de luz, que ajuda a vedar a luz solar e é muito útil em áreas quentes. Por fim, mantenha as aberturas das portas cobertas com barreiras compradas em lojas de materiais de construção. O objetivo também é evitar a entrada ou saída de ar. Mas lembre-se: trocar as janelas antigas por modelos mais novos ajuda a economizar muito dinheiro, pois estes isolam muito melhor do que aquelas. 

Mobiliário e revestimentos

Casas verdadeiramente ecológicas procuram utilizar móveis reciclados, como os deste projeto da Ferraro Habitat. Ou então feitos com madeira de demolição ou, ainda,  madeira com certificação de origem, que vem com um selo que atesta que a madeira foi extraída sem degradar o solo nem o ambiente do qual foi retirada. O mesmo serve para as estruturas de madeira da casa. No caso de revestimentos, o uso de pedras, tijolos de demolição e tijolos de solo-cimento, que seca ao sol sem precisar ir ao forno à lenha, são excelentes opções. O cedro, que repele água e pragas, também é uma alternativa de revestimento ecológico. Já os pisos podem ser feitos de madeira de demolição ou certificada ou, ainda, de bambu, uma árvore que cresce rapidamente e em pouco espaço. A cortiça é outra opção sustentável, embora tenha menor durabilidade. 

Aparelhos e eletrodomésticos

Substitua eletrodomésticos antigos, como fogões e refrigeradores, por similares ecologicamente sustentáveis. No mercado, atualmente, há dezenas de equipamentos que não apenas economizam energia, como são produzidos com materiais que respeitam o meio ambiente. Outra coisa que pode ser feita para economizar energia é instalar um termostato programável para monitorar a temperatura da casa durante a sua ausência. Ele permite que o ar-condicionado só seja acionado no momento em que você chegar à casa, economizando muita energia no processo. Também instale luzes com sensores de movimento, não apenas na garagem e calçadas, mas também dentro de casa. A função delas é acender as luzes quando se entra no ambiente e apagá-las quando se sai, economizando energia e, consequentemente, dinheiro.

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