O melhor das casas japonesas

Miguel Guimarães Miguel Guimarães
HouseYM, FUMIHITO OHASHI ARCHITECTURE STUDIO FUMIHITO OHASHI ARCHITECTURE STUDIO Casas modernas
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A arquitectura contemporânea japonesa apresenta-nos alguns dos projectos mais promissores e inovadores no campo da habitação. Com um design mais ousado, confortável e requintado, o Japão surpreende-nos com um número exponencial de arquitectos inscritos per capita. Assim, cada novo projecto é uma oportunidade para empurrar os limites do standard e consensual. Lado a lado com a contemporaneidade, a cultura arquitectónica japonesa manteve a sua tradição e o seu simbolismo ao longo de vários séculos, perante os desafios de uma sociedade em constante renovação e evolução. A necessidade de repensar e reconstruir um Japão pós-terramoto, tem sido um dos grandes desafios desta sociedade e uma oportunidade para destacar a arquitectura japonesa a nível internacional. 

 Ligados profundamente à importância dos materiais e a necessidade de estabelecer uma espiritualidade com a natureza, hoje destacamos a arquitectura nipónica neste artigo da homify.

Minimalismo absoluto

Um princípio fundamental do minimalismo japonês é o conceito de Ma, que refere-se a um espaço vazio ou aberto. Parte deste princípio central é a eliminação de todas as paredes internas desnecessárias. Embora não seja exactamente o que você chamaria de um projecto ''aberto'', o uso de paredes de vidro ao longo deste exemplo (excepto para áreas de quarto) cria um amplo sentido de leveza. Outro conceito patente no minimalismo japonês é o de minimizar a divisão entre o interior e exterior. O conceito é exemplificado pela árvore solitária ou com a escada para o céu, que oferece  aos habitantes desta casa, um acesso sem esforço para o mundo natural e espiritual.

Tradição com madeira

A singularidade e a estética da madeira representa toda a vivacidade e identidade japonesa. Esta proposta, os arquitectos procuraram as responder às necessidades mais básicos do espaço: conforto, silêncio e harmonia espiritual. Com uma iluminação confortável e ajustada à realidade espacial, este lugar ''sagrado'' torna-se muito mais íntimo, depois de um dia difícil de trabalho. 

Re-pensar os espaços

Este projecto é possivelmente um dos mais promissores da actualidade, pela maneira como se pensa a organização do espaço e da forma como o vivemos. Unfinished House –  ou a casa inacabada,  traduz-se em formas simples dentro de um espaço, não limitado visualmente. O seu design explora um conceito que parece-nos arrojado e desafiante: sem paredes ou divisões, a sua organização é baseada na flexibilidade,  tendo como objectivo responder às necessidades do presente, e pensar no futuro da família que ai reside.

Formas desafiantes

Esta habitação de dimensões reduzidas é talvez uma das mais atraentes e desafiantes que os arquitectos japoneses nos apresentam!  Esta casa possuí dois andares e engloba um total de 55.24 m². Duas cores definem e separam o piso térreo do primeiro andar: a parte inferior veste-se com fibrocimento e piso superior está revestido com aço galvanizado. O primeiro andar tem uma área maior e parece estar a flutuar, de tal maneira que se assemelha a uma proa de um navio! Dada a leveza da sua forma como podemos constatar pela imagem, esta habitação não deixa à parte qualquer tipo de preocupação com a confortabilidade do espaço, apesar das suas dimensões pouco usuais!

O brutalismo do betão

O Japão é um dos países onde o usos do betão desafiam as regras, e onde existe um desejo de simplicidade, sinceridade e elegância nas formas. Nesta área residencial em Osaka,  uma casa composta por volumes e vazios, apresenta-se à vizinhança: com apenas algumas entradas de luz vindas da cobertura em vidro,  cria-se assim um contraste entre os diferentes elementos que compõem o espaço, através desta iluminação que escapa para o interior.  Apesar de ser uma escolha limitativa em relação aos materiais, o betão marca a sua própria paisagem, através da criação de um ritmo harmonioso nas diferentes fachadas.

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