Shopping Parque Serramar, BAMBU CARBONO ZERO BAMBU CARBONO ZERO Espaços comerciais Bambu Verde Centros comerciais
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O desafio era construir um shopping no terreno de uma antiga fazenda em um dos poucos vazios urbanos de Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo. As vantagens eram as dimensões do espaço, a vista para a serra e a proximidade do mar – o empreendimento fica a apenas 300 m da orla. A equipe do escritório Aflalo & Gasperini ergueu o Serramar Parque Shopping, com 30 mil m² de área construída, inaugurado quase três anos após os primeiros esboços.

A equipe se apoiou em estudos minuciosos das condições geográficas e climáticas. Para atender à necessidade do cliente, precisava fazer um shopping sustentável financeiramente, ou seja, com baixo custo de manutenção. Com essas diretrizes, os arquitetos optaram por um empreendimento térreo, sem elevadores nem escadas rolantes, e limitaram o uso do ar-condicionado ao interior das lojas e à parte fechada da praça de alimentação. Foi um grande desafio, pois é uma região muito úmida e quente. Optamos por uma construção que conseguisse canalizar o vento para dentro do shopping, afirma o arquiteto Felipe Aflalo. O programa foi dividido em blocos, com uma implantação dinâmica que cria aberturas entre as construções e garante a circulação cruzada de ar, tomando o máximo proveito da ventilação natural e da brisa do mar. Isso mais as nossas impressões a respeito da cidade foram norteando as decisões. Fiquei chocado com a ausência de árvores. Então, tínhamos de criar um ambiente interno agradável que explorasse a vista para a serra nas aberturas, explica Felipe. Foram projetados três pátios internos arborizados. Além do espaço agradável ao ar livre, os pátios também garantem o conforto térmico dentro dos blocos: dutos de 60 cm de altura camuflados no centro dos jardins captam o ar, enquanto dutos subterrâneos conduzem o ar até cada um dos totens instalados nos pátios internos. O desenho destes totens foi desenvolvido para que o fluxo de ar não atinja as pessoas na altura do rosto. A velocidade de movimentação do ar não é alta a ponto de causar desconforto, mas suficiente para provocar a sensação de resfriamento do corpo. Nos pátios, os dutos de ventilação ficam no interior de caixas de concreto enterradas, com uma abertura para tomada de ar acima do nível do solo. A disposição angular dos blocos também favorece a circulação de ar, e acabou se refletindo no desenho das fachadas. Buscamos um diálogo com a serra na hora de criar a forma dos blocos. Ao mesmo tempo, queríamos um edifício representativo e impactante para marcar presença no desenvolvimento urbano da região, explica Felipe. O objetivo do cliente ao construir o Serramar é atender às necessidades não apenas dos moradores e visitantes de Caraguatatuba, mas dos turistas que circulam pelo litoral norte. A opção sempre foi por soluções simples e de fácil manutenção. A fachada ganhou massa texturizada especial para aguentar a umidade da praia. Para criar contraste com o material, foram especificadas chapas metálicas onduladas pintadas de marrom chocolate, um material barato e de fácil de manutenção. Em contraponto, internamente mantém-se o ar praiano, com coberturas de bambu que marcam a paisagem interna do shopping e com a madeira nos decks das praças e na área externa da praça de alimentação. Presas à laje, as placas de bambu, além de minimizarem o impacto do sol nos corredores e impedirem os respingos da chuva, dão sombra ao piso de pedra. Queríamos algo leve, sempre pensando no conforto. Era uma ideia de lounge, de um espaço quase residencial. Para que, mesmo sem consumir, as pessoas pudessem ter um ambiente agradável para ficar, descreve Felipe. Ao contrário dos fundos de todos os blocos, que ganhou o fechamento de chapas metálicas onduladas, a praça de alimentação fica dentro de uma caixa de vidro – por conta do ar-condicionado – com um deck de madeira ao ar livre, que dá vista ainda para o córrego que corta o terreno. Inicialmente foi prevista a construção de mirantes que levariam a uma área de lazer ao ar livre às margens desse córrego, com pistas de cooper e ciclovia – parte do projeto não implantada. Outra opção não realizada foram as árvores que seriam plantadas pelo estacionamento com mil vagas de veículos e 500 para bicicletas. A ideia não saiu no papel porque existe um projeto de expansão do shopping. Houve o temor de que depois não conseguiríamos retirar as árvores para replantá-las em outro lugar.

Material: Bambu
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