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Existente – Avenidas Novas, Lisboa Nuno Ladeiro, Arquitetura e Design Casas modernas
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Existente – Avenidas Novas, Lisboa Nuno Ladeiro, Arquitetura e Design Casas modernas

O edifício de 1937 é uma construção de desenho modernista, arquitectura característica dos anos 30 em Portugal e que se desenvolveu em paralelo à influência Art Déco. A renovação de estilo e do processo construtivo na construção privada a partir dos anos 30, sugerida pelo novo regime político da época, conduziu a uma nova linguagem arquitectónica.   O edifício a ser reabilitado e ampliado surge com um traçado mais racionalista de clara simplificação formal e de geometrização, com acentuação de elementos horizontais que marcam os vãos de janela e a porta de entrada. Daqui resultaram formas, em geral, mais próximas de conceitos funcionais e mais afastadas de linguagens puramente decorativas. Esta concepção arquitectónica está relacionada com a introdução do betão armado nas construções.   

A arquitectura Modernista da qual faz parte o edifício, desenvolveu-se nas Avenidas Novas a partir de meados dos anos 20, mas em particular a partir dos anos de 1928-30, período conhecido pelo começo da estabilidade política e institucional gerada pelo Estado Novo.  A adesão a esta nova estética da máquina é, uma atitude subjacente à construção moderna e foi reservada numa fase inicial a edifícios utilitários sem estatuto de arquitectura. Esta ambiguidade criada, por um lado de aceitação das novas técnicas, por outro a actividade do arquitecto na procura de esconder o esqueleto estrutural, levou a uma maior decoração, que prolongou o sentido artístico da arquitectura e por isso, a existência nos mesmos quarteirões, de edifícios com fachadas mais decoradas e outros, de fachada mais simplificada e geometrizada.  

A proposta consiste na reabilitação com alteração e ampliação, de um edifício habitacional, sendo as tipologias a introduzir diferentes das existentes na cave, rés-do-chão e 1º andar. As atuais frações são tipologia T1 e as duas novas a criar, serão frações tipologia T2 (Duplex). 

As frações da Cave, Rés-do-chão e 1º andar de tipologia T1, têm uma distribuição organizada em que a zona social e de serviços incluindo a cozinha, instalação sanitária e arrumos, se distribuem ao longo do corredor para Sul e a parte mais privada do quarto a Norte, sendo que para as frações da cave que têm acesso direto ao logradouro e estacionamento privado, propõe-se uma plataforma em estrutura metálica revestida a madeira tipo Deck com escada para o logradouro e guarda em Aço inoxidável.  

As duas novas frações tipologia T2 (Dúplex) implicam a ampliação do edifício existente, com a ampliação do corpo da caixa de escadas em mais dois lanços. O acesso aos Duplexes será através do 2º andar. 

A tipologia está organizada com uma área social constituída por Hall de entrada, corredor com acesso à sala comum e instalação sanitária (adaptada a pessoas com mobilidade condicionada), uma sala de estar e de refeições com varanda orientada a Sul. A cozinha fica a Norte, também acessível a pessoas com mobilidade condicionada.  

O acesso ao 1º andar do Dúplex faz-se através de uma escada a partir do Hall de entrada. No piso superior encontra-se a área privada da habitação, com dois quartos. A Sul, o quarto beneficia de um vão generoso que permite a entrada de luz natural garantindo maior conforto e salubridade. O quarto voltado a Norte terá também um vão de grandes dimensões e acesso direto a uma varanda com bastante iluminação natural apesar da sua orientação, contribuindo também para uma significativa mais-valia da proposta arquitetónica.   

Nuno Ladeiro, arquitetura e design 

Autores: Nuno Ladeiro, arq. / Carmo Branco, arqª 

Colaboração: Maribelle Frangieh, arqª 

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