Pé no Monte, [i]da arquitectos [i]da arquitectos Casas mediterrânicas
Pé no Monte, [i]da arquitectos [i]da arquitectos Casas mediterrânicas

Em plena Costa Alentejana, o Monte Novo da Cruz, uma faixa de terreno suavemente ondulado, é fortemente caracterizado pela presença de uma cortina de árvores altas que limitam e percorrem longitudinalmente todo o terreno a Sudeste e uma densa vegetação junto a uma pequena ribeira a Sudoeste. No ponto mais alto, no centro da propriedade, destaca-se uma antiga construção rural em avançado estado de degradação.

A proposta para o Monte Novo da Cruz procura estabelecer um diálogo de contraste entre o existente e o novo que por vezes se fundem entre si, criando uma transição harmoniosa entre o passado e o presente. Esta relação materializa-se através de dois tipos de intervenção, inseridas em cotas distintas no terreno: Na cota superior, a intervenção consiste na recuperação e ampliação da construção pré-existente para habitação dos proprietários. O esquema planimétrico consiste numa sequência de espaços que se conclui com uma ampla sala comum com lareira, de pé-direito duplo. A Noroeste situa-se a entrada e todos os espaços de apoio, intercalados com pequenos pátios para iluminação e ventilação natural. A Sudeste, pelo contrário, situam-se os espaços principais, voltados para o jardim e piscina. Na cota inferior, a intervenção traduz-se numa nova construção independente que se adequa à topografia do lugar e aproveita o desnível do terreno para diferenciar a habitação dos proprietários dos espaços dedicados ao turismo. Este volume, semienterrado e perpendicular à linha de árvores a Sudeste, preserva a escala da casa principal e reforça a verticalidade da vegetação. A sua única fachada é caracterizada por um enorme vão que emoldura a paisagem e por uma pérgula autónoma que protege os quartos do sol intenso do Alentejo, assim como proporciona privacidade aos hóspedes. À cota de chegada a construção é quase impercetível ao olhar, resumindo-se a um extenso terraço com zonas de estar para contemplação da natureza circundante. A ligação entre os dois volumes desenvolve-se através do pátio central, o coração de todo o conjunto. É a partir dele que se organiza a distribuição e os acessos às diferentes partes.

Créditos fotográficos: João Morgado
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