Habitação Plurifamiliar e Comércio – Porto
O edifício situa-se na Praça da República, Porto, e é composto por serviços (comércio) e habitação. A área total do terreno é de 239.00 m2 sendo a área total de construção 440.00 m2. O edifício é constituído por cave, rés-do-chão, 1º piso, 2º piso.
Foram mantidas as fachadas, a caixa de escadas interior e algumas divisões interiores, no sentido de melhorar significativamente as condições de habitabilidade das habitações. Foram substituídas todas as caixilharias, forras de paredes pelo interior, pavimentos cerâmicos e soalhos em madeira de Pinho Nacional. Destacamos a reabilitação da clarabóia existente, como eixo principal do projecto, iluminando da cobertura até à cave e criando jogos de sombra, luz e reflexo que se alteram ao longo do dia.
No piso de entrada (R/c), à Praça da República, para além do acesso às habitações (corredor e caixa de escadas), temos uma fração de serviços/comércio (existente), com uma área bruta de 22 m2, que contém divisões também em cave (existente), mais 32 m2. Esta fração encontra-se totalmente independente das habitações, contendo entrada, instalações sanitárias, arrumos e escada próprias. As habitações desenvolvem-se duas por piso, viradas a Nascente e a Poente, sendo as voltadas para a Praça da República da tipologia T0 (31 m2) e as voltadas para as traseiras com tipologias variadas (de 53 a 62 m2).
Foram privilegiadas as zonas comuns do edifício e as zonas
comuns de cada habitação. Estudamos e usamos, a pedido da cliente,
várias cores diferentes (azul, verde, cinza, beje, creme e o branco)
por habitação, no sentido de tornarmos os espaços iguais, em pequenas
nuances cromáticas, diferenciadoras entre elas. Utilizamos a cor, como
unificadora de todo o conjunto, em cada habitação, desenhando e
alinhando remates de materiais e texturas. Azulejos, pinturas, vidros e
madeiras lacadas assumem a mesma cor em cada apartamento e diferentes
entre cada um. Depuramos e filtramos ornamentos interiores, rodapés,
rodatectos, corrimões e portadas, sempre que não nos foi possível manter
ou recuperar o existente, assumindo o desenho contemporâneo em paralelo
com o mais clássico
.