A ideia de uma arquitectura vernácula (esquecida) e da forma como ela procura formar um discurso claro entre a paisagem e as necessidades programáticas é algo que sempre admiramos. Um bom exemplo disso são as estruturas de apoio à agricultura (normalmente com função de celeiros/espigueiros), que, de uma forma mais ou menos aleatória, iam pontuando a paisagem rural, como blocos de aparência efémera que levitavam sobre o solo. É precisamente esta ideia de “leveza gravítica” que nos fascina e na qual assenta o conceito deste projecto.
Genericamente, a proposta apresenta uma tripartição segundo os elementos vernáculos: a Base, com uma imagem de monobloco estático e megalítico, onde se encerram as funções de carácter menos público; a zona de Pilotis, onde se situam todos os espaços públicos da casa, e que explora a relação visual e física com o exterior; e, por fim, o Bloco “gravítico”, onde se situam os espaços privados da habitação.