Jorge Elmor em Mostra Artefacto Curitiba 2015 Elmor Arquitetura Espaços comerciais Lojas e espaços comerciais
Jorge Elmor em Mostra Artefacto Curitiba 2015 Elmor Arquitetura Espaços comerciais Lojas e espaços comerciais

A pós modernidade trouxe com ela uma mistura de solidão – já que cada um vive por conta de seus objetivos – e falta de interação social. O pintor Edward Hopper[i] capta esses sentimentos de forma primorosa em muitas de suas obras, e elas foram ponto de partida para o arquiteto Jorge Elmor criar uma área de resgate à convivência e à contemplação.

A Varanda e Pocket Garden, projetada por Elmor, traz, em sua paleta de cores, os mesmos tons sóbrios usados por Hopper: vinho, verde oliva e bordeaux. O espaço intimista explora traços típicos dos anos 40 – numa referência clara ao universo de Hopper – para conectar arquitetura, mobiliário, obras de arte e paisagismo. “Tentei criar uma atmosfera sóbria, silenciosa, mas ao mesmo tempo intrigante ao espectador”, conta Elmor.

O Espaço

Uma varanda coberta integrada com um jardinete, um refúgio para o relaxamento e contemplação. Esta área de transição reúne as qualidades dos espaços internos, acolhedores e confortáveis, e das áreas externas, contemplativas, integradas com a vegetação. Em um espaço reduzido é possível ter um oásis urbano em sua própria casa. A ideia é ter um local para se retirar, relaxar e ter um tempo em família em contato com a natureza.

Paleta de cores

A madeira roxinho, utilizada na cobertura, no pergolado e nas laterais do espaço, reforça a tonalidade quente do arenito vermelho e do aço cortén. O verde aparece no granito do piso e em parte do mobiliário.

Na seleção dos tecidos, a preferência por materiais naturais é evidente: camurça, linho, couro vaqueta e lesar. As texturas e fibras são perfeitas para áreas externas.

Mobiliário

Com inspiração retrô, o mobiliário imprime personalidade marcante ao espaço. As cadeiras palito, o sofá Levin, e as peças asiáticas da linha Beach & Country da Artefacto, como a Poltrona Banju (em fibra natural), a mesa de canto Carved (talhada à mão), e os tamboretes, (vindos da Ásia), compõem a atmosfera ao mesmo tempo rústica e urbana do espaço.

As cadeiras Think, feitas em couro vaqueta, com braços de madeira, tem posição privilegiada para serem admiradas de todos os ângulos do ambiente. No gazebo, bem em frente ao espelho d´água, está a confortável poltrona da linha St Bart.

Além da obra de Kracjberg[ii], o ambiente tem peças de design assinado, como a Luminária Lacrime del Pescatore, de Ingo Maurer[iii] (três redes de pesca sobrepostas, tramadas com 385 cristais, feita em homenagem ao pai pescador), peças de Alberth Diego[iv], (um abajour em concreto, com cúpula em metal, e um tocheiro). A obra Beelitz, da fotógrafa Romy Pocztaruk[v], e os objetos com inspiração asiática, da Mantra, complementam o projeto.

Design Assinado

Em parceria com a Klaxon, Elmor criou uma luminária móvel. Feita com peças em bronze e cordas de marinheiro, a luminária estará disponível para o mercado ainda este ano.

As brises feitas exclusivamente para a Mostra Artefacto, em madeira e aço, também foram desenhadas por Elmor. A ideia era separar os ambientes e permitir maior ou menor passagem de vento. “Acredito que o processo criativo acontece de forma unificada: arquitetura e interiores. Acho interessante criar e trabalhar nessa escala do design”, conta Elmor que, junto com sua equipe, projetou também o espelho d´água que fica na área externa.

Paisagismo

Para o paisagismo, Jorge Elmor manteve a cartela de cores proposta para o espaço. O lambari gigante roxo tem tons de bordeaux e os pés de jabuticaba são verdes. O bouganville vermelho, que contorna o pergolado, contrasta com as samambaias e aspargos nas paredes.

Homenagem

Neste ano, os homenageados da Mostra Artefacto Curitiba 2015 serão expoentes das artes plásticas. O objetivo é traçar um paralelo entre a cultura, arte, arquitetura e o design contemporâneo nacional. “Ao saber que o espaço era uma área externa busquei artistas que tinham relação com paisagens, natureza. O Kracjeberg tem um histórico importante de defesa da natureza. Foi um dos precursores do ativismo ecológico, fotografando e documentando desmatamentos e queimadas na Amazônia nos anos 60. A série Africana, com raízes e caules calcinados em desmatamentos, teve projeção internacional. Suas obras são uma forma de chamar a atenção para a vegetação e para as florestas”, conta Elmor sobre os motivos que o levaram a homenagear *Frans Kracjeberg, e seu relevante trabalho. O resultado é um espaço que permite um diálogo entre a obra do artista e as espécies vegetais circundantes.

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