O conceito geral de intervenção baseou-se na criação de um espaço dinâmico de interacção social a norte do edificado e na criação de espaços verdes de enquadramento no confronto do loteamento com via pública.
A opção por um desenho biomórfico, surge em oposição à formalidade imposta pelo edificado, e pela sua adaptabilidade às condições de terreno. A linha biomórfica, mais próxima das formas orgânicas, é uma linha sedutora que convida à exploração dos espaços, uma vez que permite a manipulação de pontos de vistas. Foi através deste conceito, que se desenvolveu o caminho em torno de um eixo imaginário central, sobre o qual inflecte e movimenta-se, dialogando com diferentes ângulos e perspectivas.
A estrutura verde aposta numa linguagem clara ao nível dos espaços, definindo objectivamente espaços de corte, como os relvados, de espaços de crescimento semi-livre, compostos por áreas arbustivas/herbáceas. A estrutura arbórea, assenta em espécies com comprovado sucesso de adaptação e de forte desempenho plástico, escolheram-se as texturas sólidas, escuras e formas arredondadas dos Pinheiros, que contrastam com a leveza de Bétulas, Choupos e Magnólias e Bordos do Japão.
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ARQUITECTURA PAISAGISTA: Ana Sofia Pacheco + Victor Esteves
ARQUITECTURA: Helder Coelho, Arq.